Em qualquer operação de transporte de automóveis, o foco é garantir que eles cheguem em segurança ao destino. A equipe de logística precisa elaborar um bom planejamento para evitar acidentes, prevenir avarias, controlar os processos e reduzir custos. Isso envolve a definição correta das rotas de entrega, traçar as ações de segurança e, claro, tomar todos os cuidados com o caminhão-cegonha selecionado.

É justamente sobre este último ponto que vamos falar neste artigo. As carretas cegonhas são o principal equipamento usado para escoar a produção de automóveis pela via rodoviária no Brasil, levando os carros zero km para concessionárias, locadoras e também para terminais portuários quando estes forem exportados. O nome deriva do animal cegonha, popular nos contos infantis por ser a ave que carrega os bebês até os pais – da mesma forma que esse caminhão faz com os carros.

Esse tipo de veículo é composto por um cavalo mecânico de potência variada e um semirreboque fabricado para realizar o transporte de automóveis. Este nada mais é do que uma estrutura intertravada de armação metálica articulável, com dois pisos dotados de macacos hidráulicos para levantar e abaixar o piso superior para embarque e desembarque dos automóveis.

Os caminhões-cegonha brasileiros possuem em média dois eixos, mas há alguns com apenas um. Todavia, engana-se quem pensa que esse tipo de caminhão só serve para transportar

automóveis. Existem modelos de piso único com rampas ajustáveis, muito utilizados para transportar furgões, micro-ônibus e pequenos caminhões. Por fim, existem as carretas “prancha”, que possuem piso único e três eixos para transporte de caminhões maiores ou chassis de ônibus.

Quantos carros podem ser transportados?

Há um padrão no tamanho dos caminhões-cegonha no Brasil, o que impõe certo limite ao transporte de cargas. Veículos simples possuem 14 m de comprimento e os articulados ou com reboque chegam a 22,4 m. A altura máxima é de 4,95 m e a largura varia entre 2,60 m e 3 m – quando usado para transporte de caminhões ou ônibus.

Além disso, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran), nas Resoluções  nº  12/98, nº 184/05 e nº 62/98, determinou  os limites para dimensões, peso bruto total e peso por eixo para veículos de carga circulam por vias terrestres. O caminhão-cegonha deve ter até 29 toneladas, no caso de veículos não articulados, mas possui um peso variável de acordo com o tipo de reboque ou semirreboque – confira este documento do DNIT para verificar todos os detalhes.

Dessa forma, a capacidade média segura de um caminhão-cegonha costuma ser de 10 a 11 automóveis por vez. Caso sejam caminhonetes grandes, essa capacidade diminui para nove unidades.

Cuidados no transporte

Guiar um caminhão-cegonha envolve o cumprimento de uma série de requisitos que devem ser levados em consideração na hora do transporte. Além de exigir uma atenção redobrada por parte dos motoristas, também é preciso observar

1. Planeje bem a rota

Empresas que trabalham com logística de transporte de veículos precisam traçar qual o melhor caminho até o destino, observando as regras de circulação de veículos grandes e pesados. Em alguns horários, por exemplo, é proibida a circulação em determinados trajetos. Por isso, é preciso sair do pátio de armazenamento com todo o plano já em mente.

2. Observe as normas de segurança

Existem diversos requisitos técnicos que devem ser observados para garantir a segurança no transporte em caminhões-cegonha. O Contran possui uma série de resoluções nesse sentido, com as de nº 12, 62 e 184. Além dos limites máximos de altura, largura e comprimento já citados nesta matéria, as dimensões precisam estar dispostas na traseira do veículo, sendo a base para motoristas que queiram ultrapassá-lo. Também é preciso que haja luzes laterais com uma distância de 3 m entre cada, em ambos os lados do veículo.

Os carros devem estar presos à cegonha pelos pneus, com cintas de nylon, e o veículo deve dispor de um sistema de freios conjugados. A velocidade máxima a ser respeitada é de 80 km/h e veículos acima de 19,8 m de comprimento são proibidos de transitar em vias simples no período noturno – não há limitação para o trânsito em pista dupla. E não se esqueça de conferir as travas dos carros antes de sair.

3. Cuidado com o peso

Cada tipo de caminhão-cegonha deve respeitar os limites de peso traçados na lei e descritos anteriormente. Mas não é apenas pela possibilidade de levar multas que isso deve ser seguido. Cargas em excesso comprometem a mecânica do veículo, além de prejudicar a performance do caminhão, ampliar as chances de tombamento e desgastar as rodovias.

4. Atente-se à vida útil dos pneus

Quem cuida da logística deve ficar atento à qualidade dos pneus, pois eles são a segunda maior despesa do transportador – atrás apenas do combustível – e possuem papel imprescindível para uma boa direção. Calibragem adequada, rodízio de acordo com as recomendações do fabricante, manter o balanceamento do veículo e manter uma frenagem suave contribuem para uma boa manutenção dos pneus.

Logística com segurança e qualidade

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